19 de outubro de 2011

Pedras e Armaduras - me libertando do passado!

O mestre PahNu caminhava pela montanha com seu discípulo Daniel quando, de repente, uma pequena pedra se soltou das partes mais altas e atingiu levemente a cabeça do garoto.
Irritado, Daniel esbravejou e maldisse a pedra, sob o olhar atento e gozador de seu mestre, que se divertia com a situação.
Passados aqueles momentos de agitação do garoto, Jonas o chamou a sentar-se sob uma árvore e começou a falar:
− Daniel, essa pedra fez com que me lembrasse de uma história, que traz grandes ensinamentos para a nossa vida. Deixe-me contá-la a você… E assim começou:
“Há muito tempo, houve um reino em que as pessoas não respeitavam mais umas às outras. A intolerância entre elas era tanta que Deus ordenou que uma chuva de pedra se abatesse sobre o reino, até que Ele mesmo voltasse a ordenar que a chuva parasse.
Dessa maneira, as pessoas tiveram que se recolher às suas casas e o contato com os demais seres humanos passou a ser muito raro. Mas, também as dificuldades de viverem isolados começaram a se mostrar cada vez maiores. E eles começaram a entender que precisavam uns dos outros.
Foi então que um cientista inventou uma armadura para proteger as pessoas contra as pedras. Assim, todos passaram a usar armaduras e puderam voltar a sair de suas casas e se relacionar novamente com os demais.
Porém, com o tempo, as armaduras passaram a servir também como elementos de divisão, de segregação, entre os homens. Os guerreiros faziam questão de armaduras cada vez mais fortes, para mostrar o seu poder. Os pobres se limitavam às armaduras mais baratas, que lhe ofereciam um mínimo de proteção, enquanto os ricos ostentavam armaduras cobertas de ouro e pedras preciosas, que mostravam a sua “superioridade” social. Já as pessoas de mau caráter optavam por armaduras mais fechadas, que escondiam seus olhos e suas verdadeiras intenções. E, assim por diante, cada um procurava ter a melhor armadura que pudesse comprar e que o tornasse especial, diferenciado, dentro da classe a que pertencia.
Dessa forma, a preocupação maior do ser humano passou a ser com a armadura que vestia, ou iria vestir no futuro. E ninguém mais conhecia um ao outro… Apenas conheciam a armadura que cada um usava.
Assim, o tempo passou, as gerações passaram, de modo que não usar uma armadura passou inclusive a ser passível de punição pelas autoridades locais.
Mas um dia um jovem se revoltou com tudo aquilo e decidiu que nunca mais usaria uma armadura. Saiu para a rua com roupas de tecido normal, e assim passou a viver. Até que foi preso e julgado por sua insanidade.
Durante o julgamento, um dos acusadores o questionou, preocupado:
− Meu jovem… Você sabe que está errado perante a nossa lei e que está sendo julgado por não usar armadura. Mas, diga-nos somente uma coisa: como é que as pedras que caem do céu não o ferem?
Espantado, o jovem somente retrucou:
− De quais pedras você está falando?…
Deus havia parado com a chuva de pedras já fazia muito tempo, porém os homens, preocupados apenas com a aparência de suas armaduras, nem ao menos haviam reparado que elas não eram mais necessárias.”
Jonas concluiu, então:
− Essa história pode nos ensinar diversas lições. Mas há uma em especial para a qual eu gostaria de chamar sua atenção:
Muitas vezes trazemos do nosso passado coisas de que nem ao menos recordamos sua origem − são pensamentos, comportamentos e atitudes que eram adequados a uma determinada época em que vivemos, mas que já não nos servem mais. Carregamos essa carga extra, que somente nos atrasa e dificulta a nossa caminhada. Continuamos a usar armaduras para nos proteger de pedras, quando as pedras já não mais existem.
Por isso é importante parar a cada dia e pensar com cuidado sobre quais as armaduras que estamos vestindo e que já não são mais necessárias. Não importa o que o levou a usar essas armaduras, olhe com cuidado e perceba se já não é hora de abandoná-las.
Saber a hora de abandonar aquilo que não nos serve mais, abandonar o passado, deixar o passado no passado, é fundamental…
Somente estando livre das cargas do passado é que você poderá caminhar decididamente, vivendo melhor o seu presente e construindo um futuro mais feliz.
Pense sobre isso!

11 de outubro de 2011

"Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos."


Ninguém nasceu para morrer. A morte é uma intrusa na experiência humana. Viemos a este mundo com vocação para a vida, e é por isso que nos revoltamos com a morte. Não aceitamos o paradoxo de viver morrendo, ou de morrer vivendo.
No entanto, começamos a morrer desde que nascemos. Cada dia é um a menos. Uma vida assim não teria sentido a não ser que encontrássemos o segredo da vitória sobre a morte. O segredo existe. O salmista afirma no verso de hoje que a morte – horrenda, terrível e cruel como é – pode ser “preciosa aos olhos do Senhor”.
Qual a mensagem de Deus para você hoje? Por que a morte pode ser “preciosa” aos olhos de Deus? De que morte está falando o salmista, a quem está se referindo?
O texto é claro. Aqui se fala da morte dos santos. Santidade, no sentido bíblico, não significa ser isento de pecado, mas andar com Deus e viver para Ele.
A experiência de santidade é uma experiência de vida diária. É um andar permanente. Você permite que Deus o conduza como o pai conduz o seu pequeno filho. Há ocasiões em que os passos do filho não conseguem acompanhar os do pai. Ele pode até escorregar ou tropeçar, mas não fica caído porque está segurando o poderoso braço do pai. Existe entre eles um relacionamento de amor que não é abalado por nada.
Se você viver essa experiência diária com Jesus, passará a ser uma pessoa santa. E, se porventura a morte o surpreender em alguma esquina, essa morte será “preciosa” aos olhos de Deus, por três motivos: você estará livre das aflições deste mundo, dormirá em paz até a volta de Cristo e finalmente ressuscitará para a vida eterna.
Diante desta meditação, e receber a noticia que nossa querida irmã Ester está descansando no Senhor, posso declarar que preciosa foi sua morte aos olhos do Senhor. Pois esta irmã deixa um testemunho de vida cristã, e dois particularmente, marcam alguns dos inúmeros momentos em que ela me contou sua experiência com Deus.
O primeiro foi um dia em não tinha recebido o dinheiro por passar a roupa de algumas pessoas. Era domingo, e seus filhos choravam por não ter em casa nada para comer. O único dinheiro que ela tinha era do dizimo. Conversou com as crianças, disse para não chorarem e nem reclamarem, e dirigiu-se a Igreja para ofertar ao Senhor o seu dizimo. Foi orando pelo caminho, colocou a situação diante do Senhor. Chegou ao culto, depositou o seu dizimo. E no final, quando ia retornando para sua casa, sem ter o que por na mesa para seus filhos. Alguém tocou em seu braço, e entregou uma quantia de dinheiro, do qual pode alimentar seus filhos por toda aquela semana. Aprendi com ela fidelidade.
E algo que marcou sua vida e a nossa, foi numa campanha chamada “40 dias de propósitos”, ela foi arrebatada aos céus, e disse que ao chegar lá, ouviu um som que era muito alto, mais barulhento que a “guitarra do Daniel” no momento do louvor. E ela disse ter ouvido a voz do Senhor, como o barulho de muitas águas, contava este testemunho e dizia, tenham paciência com o barulho dos jovens na igreja, no céu será muito mais alto...e ria!! Me ensinou a respeitar o outro.
A D. Ester quantos almoços regados a quiabo eu pude experimentar em sua casa. E acreditem, por melhor que estivesse ela dizia: Pastora, não ficou bom! E eu sabia que era um pretexto para eu voltar outro dia, e ter o prazer da sua companhia. Olhávamos fotos e recordávamos os antigos tempos da IMESA...sempre uma história, sempre um sorriso...
D. Ester deixa muita saudade, hoje não sou mais pastora em sua igreja, mas sempre me recordo desta querida irmã que cativou meu coração. Sei que sua morte é preciosa ao Senhor, pois o seu viver foi separado para honrá-lo em todas as suas atitudes.
Amados familiares e amigos, que choram com sua partida...sigamos este legado, e breve, muito breve, estaremos todos juntos novamente nos alegrando eternamente na presença do Pai.