11 de outubro de 2011

"Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos."


Ninguém nasceu para morrer. A morte é uma intrusa na experiência humana. Viemos a este mundo com vocação para a vida, e é por isso que nos revoltamos com a morte. Não aceitamos o paradoxo de viver morrendo, ou de morrer vivendo.
No entanto, começamos a morrer desde que nascemos. Cada dia é um a menos. Uma vida assim não teria sentido a não ser que encontrássemos o segredo da vitória sobre a morte. O segredo existe. O salmista afirma no verso de hoje que a morte – horrenda, terrível e cruel como é – pode ser “preciosa aos olhos do Senhor”.
Qual a mensagem de Deus para você hoje? Por que a morte pode ser “preciosa” aos olhos de Deus? De que morte está falando o salmista, a quem está se referindo?
O texto é claro. Aqui se fala da morte dos santos. Santidade, no sentido bíblico, não significa ser isento de pecado, mas andar com Deus e viver para Ele.
A experiência de santidade é uma experiência de vida diária. É um andar permanente. Você permite que Deus o conduza como o pai conduz o seu pequeno filho. Há ocasiões em que os passos do filho não conseguem acompanhar os do pai. Ele pode até escorregar ou tropeçar, mas não fica caído porque está segurando o poderoso braço do pai. Existe entre eles um relacionamento de amor que não é abalado por nada.
Se você viver essa experiência diária com Jesus, passará a ser uma pessoa santa. E, se porventura a morte o surpreender em alguma esquina, essa morte será “preciosa” aos olhos de Deus, por três motivos: você estará livre das aflições deste mundo, dormirá em paz até a volta de Cristo e finalmente ressuscitará para a vida eterna.
Diante desta meditação, e receber a noticia que nossa querida irmã Ester está descansando no Senhor, posso declarar que preciosa foi sua morte aos olhos do Senhor. Pois esta irmã deixa um testemunho de vida cristã, e dois particularmente, marcam alguns dos inúmeros momentos em que ela me contou sua experiência com Deus.
O primeiro foi um dia em não tinha recebido o dinheiro por passar a roupa de algumas pessoas. Era domingo, e seus filhos choravam por não ter em casa nada para comer. O único dinheiro que ela tinha era do dizimo. Conversou com as crianças, disse para não chorarem e nem reclamarem, e dirigiu-se a Igreja para ofertar ao Senhor o seu dizimo. Foi orando pelo caminho, colocou a situação diante do Senhor. Chegou ao culto, depositou o seu dizimo. E no final, quando ia retornando para sua casa, sem ter o que por na mesa para seus filhos. Alguém tocou em seu braço, e entregou uma quantia de dinheiro, do qual pode alimentar seus filhos por toda aquela semana. Aprendi com ela fidelidade.
E algo que marcou sua vida e a nossa, foi numa campanha chamada “40 dias de propósitos”, ela foi arrebatada aos céus, e disse que ao chegar lá, ouviu um som que era muito alto, mais barulhento que a “guitarra do Daniel” no momento do louvor. E ela disse ter ouvido a voz do Senhor, como o barulho de muitas águas, contava este testemunho e dizia, tenham paciência com o barulho dos jovens na igreja, no céu será muito mais alto...e ria!! Me ensinou a respeitar o outro.
A D. Ester quantos almoços regados a quiabo eu pude experimentar em sua casa. E acreditem, por melhor que estivesse ela dizia: Pastora, não ficou bom! E eu sabia que era um pretexto para eu voltar outro dia, e ter o prazer da sua companhia. Olhávamos fotos e recordávamos os antigos tempos da IMESA...sempre uma história, sempre um sorriso...
D. Ester deixa muita saudade, hoje não sou mais pastora em sua igreja, mas sempre me recordo desta querida irmã que cativou meu coração. Sei que sua morte é preciosa ao Senhor, pois o seu viver foi separado para honrá-lo em todas as suas atitudes.
Amados familiares e amigos, que choram com sua partida...sigamos este legado, e breve, muito breve, estaremos todos juntos novamente nos alegrando eternamente na presença do Pai.

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